Olá, eu sou a Ana Luísa!

Sou mãe, profissional da área da parentalidade consciente e alguém que, tal como muitas mães, já se sentiu perdida no meio do caos da maternidade. Sei como é amar profundamente os nossos filhos e, ao mesmo tempo, sentir que nos perdemos de nós mesmas. Sei como é querer ser uma mãe presente e consciente, mas, no dia a dia, sentir cansaço, frustração e culpa.

Foi essa jornada—cheia de desafios, quedas e reencontros—que me trouxe até aqui. Hoje, através deste espaço, partilho reflexões, ferramentas e aprendizagens que me ajudaram a reencontrar-me e que me ajudam a seguir em frente a cada dia, na esperança de que, te possam ser úteis.

Se já te sentiste assim, este espaço é para ti. Bem-vinda! 🩷

Houve um tempo em que me perdi completamente.

Se me perguntasses naquela altura quem eu era, eu dir-te-ia sem hesitar: “Sou a Ana Luísa, agora mãe”. Mas, por dentro, sentia-me uma sombra do que já tinha sido. Uma mulher que um dia teve uma carreira, uma identidade, um lugar no mundo. Mas que, num piscar de olhos, se perdeu completamente de si mesma.

A maternidade chegou como um furacão. Não sei dizer exatamente em que momento deixei de ser eu para me tornar apenas “mãe”. Só sei que, quando dei por mim, era mãe de três. E, de alguma forma, eu tinha desaparecido nesse processo.

A minha profissão, que antes me dava um sentido de realização e independência, ficou para trás. E, com ela, sem eu perceber bem, levou um bocado de mim. Deixei de ser médica dentista. Quem era eu então? Quem era a Ana Luísa?

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O peso invisível da maternidade

Era uma mulher que tentava ser forte, mas que se sentia frágil.

Era uma mulher que sonhava ser independente, mas que se via cada vez mais dependente.

Era uma mulher que queria correr para longe, mas que se sentia cada vez mais presa.

Cada compromisso que tinha que desmarcar era um lembrete de que eu já não era dona da minha própria vida.

E então veio o pior: perceber que não só me tinha perdido a mim mesma, mas também à mãe que eu queria e desejava ser.

A mulher que estudava e defendia a parentalidade consciente, que queria criar um ambiente de amor e respeito para os seus filhos, que acreditava na empatia e na conexão… essa mulher estava constantemente exausta, sem paciência, zangada, frustrada.

  • Eu queria brincar, mas sentia que não tinha energia.
  • Eu queria ser gentil, mas acabava a gritar.
  • Eu queria estar presente, mas acabava com vontade de desaparecer.

E lá vinha ela: a culpa. Como um nó na garganta, um peso no peito ou uma dificuldade em respirar.

O medo que me consumia

Como é que eu, que queria ensinar outras mães a criarem relações saudáveis com os seus filhos, me sentia tão desconectada dos meus próprios filhos? Como é que eu falava de consciência emocional se eu mesma não conseguia controlar a minha?

Senti-me uma fraude.

E pior do que isso… sentia medo.

  • Medo de nunca mais me reencontrar.
  • Medo de nunca mais voltar a ter um propósito.
  • Medo de nunca mais ser financeiramente independente.
  • Medo de não conseguir voltar a ter sequer um emprego.
  • Medo de ser tão medíocre que nem servia para a minha própria família.
  • Medo de não ser suficiente para os meus filhos, para o meu marido.

Esse medo estava a consumir-me por dentro.

Até que um dia, tomei uma decisão que me fez sentir mil vezes pior. Fiz algo que nunca achei possível e acabei ainda mais perdida. Foi como se a vida me sacudisse e me perguntasse:

“Até onde mais vais ter que descer para começares a subir de novo?”

“Até quando vais ficar assim, a afogar-te nos teus medos?”

E foi aí que percebi: Ninguém me ia resgatar.

Ninguém iria chegar com um plano mágico ou com o mapa do tesouro.

Ninguém ia pegar na minha mão e conduzir-me até uma vida melhor.

Se eu queria sair do buraco em que me encontrava, eu própria teria que escalar para fora dele.

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A jornada para me reencontrar

Foi quando tomei a primeira decisão que mudou tudo: assumir a responsabilidade pela minha vida.

E, passo a passo, comecei a reconstruir-me.

1. Perceber a mulher que quero ser.

O que é que eu realmente quero?

  • Quero sentir-me forte.
  • Quero sentir-me capaz.
  • Quero sentir-me livre.
  • Quero sentir-me eu novamente.

2. Acreditar que sou capaz.

Mesmo quando a minha mente gritava que eu não era boa o suficiente.

Mesmo quando o medo sussurrava que eu ia falhar.

Mesmo quando duvidava de mim mesma.

Eu continuei.

3. Colocar-me em primeiro lugar.

Se eu continuasse a colocar-me sempre em último, nunca iria conseguir ser a mãe, a mulher, a profissional que eu queria ser.

  • Aprendi a cuidar de mim.
  • A ouvir-me.
  • A dizer “sim” a mim mesma antes de dizer “sim” aos outros.

4. Ter autoresponsabilidade e autocompaixão.

Percebi que não era perfeita. Nunca seria.

Mas não precisava de ser perfeita para ser suficiente.

Podia falhar, aprender, tentar de novo.

Podia perdoar-me pelos dias difíceis e recomeçar no dia seguinte.

5. Ser disciplinada.

Porque motivação vai e vem.

Mas a disciplina é o que nos mantém no caminho.

Com esta nova mentalidade, comecei a transformar a minha vida e percebi que quero contribuir para os outros de uma forma empática, próxima e honesta, ajudando-os a encontrar uma vida mais leve e regulada. Sim, porque percebi que a nossa regulação é uma grande chave do bem-estar familiar.

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E hoje?

Hoje, sinto-me mais centrada, mais segura, mais confiante. (Todos os dias?! Nem por sombras, mas mais dias do que antes)

Mais conectada com os meus filhos, com a minha vida. (Sem brigas e sem lutas diárias? Não! Mas mais consciente das lutas que quero travar).

A vida não ficou perfeita. Nem sempre é fácil.

Mas hoje sei que sou dona das minhas escolhas, do meu caminho.

E isso faz toda a diferença.

Por que te conto tudo isto?

Porque sei que há outras mães que se sentem tal como eu.

Se tu também te sentes perdida, exausta, sobrecarregada… quero que saibas que há um caminho de volta para ti.

Foi por isso que criei este espaço.

Aqui, partilho reflexões, aprendizagens e ferramentas que me ajudaram a reconstruir-me.

Não para que sigas o meu caminho, mas para que encontres o teu.

Bem-vinda. Estou aqui para te acompanhar.

Formação

Alguma da formação que pode ser útil neste contexto:

2020 – Facilitadora de Parentalidade Consciente – Lifetraining

2020 – Cerficação Educação Parental com foco na Educação Emocional de crianças e adolescentes – Amar e Acolher

2020- Cerficação em Neuroestratégia – Lifetraining

2021 – Coach e Coaching Parental – Lifetraining

2022 – Facilitadora de Parentalidade Consciente Profissional – Lifetraining

2022 – Facilitadora de Mindfulness em Contexto educativo – Slowmind

2023 – Pós-graduação em Educação Parental e Orientação Familiar – InTCC Rio

2023 – Pós-graduação em Educação Positiva – Escola da Educação Positiva

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O que (talvez) não saibas sobre mim:

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Sou médica dentista

Sou médica dentista e trabalhei na área durante cerca de 10 anos. Até ser mãe, quando fui **gentilmente “convidada” a parar** (*bem, “gentilmente” é eufemismo, uma vez que este “convite” chegou como um tsunami na minha vida*). Trabalhei 3 anos em França e foi, sem dúvida, a minha melhor experiência como médica dentista. Nunca sonhei em fazer grandes reabilitações; o que mais me apaixonava nessa altura era conseguir tratar pacientes **ansiosos e com medo**, ajudá-los a confiar em mim e relaxar. O facto de os conseguir fazer ultrapassar o medo e sair do consultório aliviados dava-me uma enorme sensação de dever cumprido.

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A um passo de concretizar o meu sonho

Quando com cerca de 14/15 anos decidi que queria ser médica dentista, o meu grande sonho era ser ortodontista. E quando finalmente consegui entrar na especialidade fique radiante! Nem conseguia acreditar que estava prestes a realizar o meu sonho… Mas, apesar de ter estado tão perto de o concretizar, **algo correu mal**. Um “erro”, um “problema” no sistema informático deitou por terra o meu sonho – e eu fiquei mal. A partir desse dia, passei a ter muito mais dificuldades em confiar na tecnologia…

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Entrei em psicologia (mas, não fiquei muito tempo)

Quando entrei na universidade, entrei primeiramente em psicologia, mas acabei por seguir medicina dentária. Mas desde essa altura que descobri que adorava tentar perceber a mente humana: como funciona, porque nos comportamos de certas formas, porque é tão difícil mudar (mesmo quando sabemos que nos faria bem). Sempre quis encontrar formas de viver com mais leveza e felicidade.

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Tenho três filhos

E, apesar de estudar e ensinar sobre parentalidade consciente, há dias em que sinto que não sei nada e preciso de recomeçar do zero. Mas aprendi a compreender e aceitar que não se trata de "acertar sempre", mas sim de aprender, adaptar e crescermos juntos. Aprendi que precisamos de ser mais gentis connosco próprios, ao mesmo tempo que somos gentis com os nossos filhos.

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Porquê partilhar tudo isto?

Porque acredito que nenhuma de nós precisa de ser perfeita para ser suficiente.

E porque, no fundo, talvez tu e eu tenhamos mais em comum do que imaginas.

Como podemos seguir juntas

Serviços

Doucement Maman

Doucement Maman é um convite para viver a maternidade com mais leveza e menos culpa, através de um desafio mensal onde exploro e aplico um tema, partilhando a minha jornada e convidando outras mães a juntarem-se a mim.

Acompanhamento 1:1

Acompanhamento parental personalizado para te ajudar a viver a maternidade com mais leveza, fortalecer a tua relação com os teus filhos e libertar-te da culpa, sem a pressão da perfeição.

Laboratório das Emoções

Um programa de Educação Emocional e Mindfulness para ajudar as crianças e jovens a compreender e gerir as suas emoções, promovendo mais calma, autoconfiança e bem-estar no dia a dia.

Mais Presença, menos stress

O Mindfulness é um convite para desacelerar, trazer mais presença à tua rotina e reduzir o stress e a ansiedade, permitindo-te gerir as emoções com mais equilíbrio e tranquilidade.